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terça-feira, 6 de julho de 2010

Guerra no Iraque não vai terminar agora, como prometeu Obama

Guerra do Iraque desafia cronograma de retirada dos EUA

Obama impôs agosto como prazo para o fim da missão de combate, mas militares em campo não vão parar na data prometida

The New York Times | 06/07/2010 13:40

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O presidente americano, Barack Obama, estabeleceu agosto como o prazo para o fim da missão de combate no Iraque. Na proximidades de Tulul Al-Baq, em um acampamento improvisado no deserto de uma região insurgente no norte do país, uma missão está em curso e não vai parar na data prometida: soldados americanos caçam terroristas e secretamente observam um posto de controle iraquiano, formado por policiais que os soldados dizem não confiar.

"Eles não estão verificando ninguém e depois se questionam como os IED entram na cidade", disse o sargento Kelly Young, de 39 anos, de Albertville, Alabama, enquanto observava a estrada principal que liga Bagdá a Mossul, considerada a cidade mais perigosa do país. Ele se referia aos dispositivos explosivos improvisados (IED, na sigla em inglês), termo militar para bombas caseiras.

O prazo de agosto pode ser visto nos EUA como uma etapa no cumprimento da promessa de Obama de acabar com a guerra no Iraque, mas a situação em campo no país é mais complexa. Soldados americanos ainda encontram e matam combatentes inimigos, por conta própria e em parceria com as forças de segurança iraquianas, e continuarão a fazê-lo após o fim oficial das operações de combate. Mais americanos morrerão, ainda que seja um número significativamente menor do que no auge do confronto.

Sargento Andre Colon dá cambalhota para entreter outros soldados em área de reunião tática no deserto na Província de Salahuddin
Foto: The New York Times

Sargento Andre Colon dá cambalhota para entreter outros soldados em área de reunião tática no deserto na Província de Salahuddin

A retirada, que reduzirá o número de soldados americanos para 50 mil - de 112 mil no início deste ano e quase 165 mil no auge da ação militar -, é uma façanha logística que tem sido chamada de o maior movimento de equipamento militar desde a 2.ª Guerra Mundial. Ela é também um exercício de semântica.

O que atualmente os soldados chamariam de operações de combate - a caça de insurgentes, ações conjuntas entre forças de segurança iraquianas e as forças especiais dos Estados Unidos para matar ou prender militantes - serão chamadas de "operações de estabilidade". Após a redução, o Exército americano diz que o foco será a assessoria e treinamento de soldados iraquianos, oferecendo segurança para as equipes de reconstrução civil e as missões antiterroristas conjuntas.

"Em termos práticos, nada mudará", disse o major-general Stephen R. Lanza, porta-voz militar no Iraque. "Já estamos fazendo operações de estabilidade." Os americanos abandonaram os grandes combates no Iraque há muito tempo e isso é refletido no número de vítimas. Até o momento, 14 soldados foram mortos por fogo hostil e 27 por acidentes, suicídios e outras causas fora do campo de combate este ano, de acordo com icasualties.org.

Conforme os combates envolvendo americanos diminuem, milhares de itens de material bélico do Iraque foram embalados e enviados para o Afeganistão. A missão complexa e flexível de reduzir as forças enquanto se mantém a luta com uma insurgência inflamada poderia ser um modelo para o Afeganistão, onde a retirada está prevista para começar no próximo ano. No próximo verão, os americanos começam a deixar o Afeganistão e eles também provavelmente não serão capazes de parar completamente de combater ao fazê-lo.

Depois de agosto, o próximo prazo do Iraque é no final de 2011, quando todos os soldados americanos deveriam ter sido retirados do país. Mas poucos acreditam que o envolvimento militar dos EUA no Iraque acabe nessa data. Entre os oficiais militares, diplomatas e funcionários iraquianos, acredita-se que depois que um novo governo seja formado, haverá negociação para a presença de soldados em longo prazo.

"Acredito que, no Iraque, a única coisa que nós americanos sabemos com certeza é que não sabemos nada ao certo", disse Brett McGurk H., ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional no Iraque e atual pesquisador no Conselho de Relações Exteriores. "A exceção é o que virá quando houver um novo governo: eles vão pedir para alterar o acordo de segurança e prorrogar a data de 2011. Devemos levar esse pedido a sério."

A missão no deserto, uma base temporária de veículos blindados e uma barraca para dois pelotões, oferece um exemplo vivo do que as forças americanas ainda estão fazendo e, segundo oficiais militares, o que serão capazes de fazer após a redução de tropas.

"Eles precisam executar alguém e por isso nos enviaram", disse o major Bryan L. Logan, diretor de operações do esquadrão terceiro do Sétimo Regimento de Cavalaria, referindo-se a uma célula insurgente que plantava bombas perto da rodovia.




fonte

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/guerra+do+iraque+desafia+cronograma+de+retirada+dos+eua/n1237700617828.html



Um comentário:

lucinei disse...

As tropas serão substituidas pelas iraquianas sim , pois as trpas americanas istaladas no Iraque vão com tudo para cima do Irã, junto com a do Afegnestão, ataque pelo lado leste e oeste.... Lucinei Bueno

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