Os cientistas já conheciam detalhes sobre o fungo Chrysosporium há muitos anos, mas não imaginavam que ele poderia extinguir uma população de cobras.
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Na imagem é possível observar as cascavéis com várias ulcerações na cabeça. Foto: Reprodução/DCD
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A medonha infecção fúngica é famosa por atingir animais em cativeiro em várias partes do mundo, mas agora parece que o microrganismo rompeu essa barreira e está atingindo cobras em seu habitat selvagem, em Illinois, EUA, representando uma grande ameaça à sobrevivência de cascavéis.
Os primeiros casos de infecção foram relatados em 2008, quando os pesquisadores – que monitoravam uma população de cascavéis Massasauga (ver foto acima) – encontraram três cobras com a cabeça coberta por terríveis úlceras e grande inchaço, que se estendia entre os dentes, músculo e ossos da cabeça. Uma quarta cobra encontrada conseguiu se salvar, mas todas as outras morreram poucas semanas.
“Fungos patogênicos têm sido cada vez mais associados com epidemias livres em animais selvagens, incluindo um tipo de fungo chamado Batrachochytrium dendrobatidis que afeta vorazmente os anfíbios, também causando a chamada síndrome do nariz branco em morcegosâ€, explica o cientista Matthew Allender, em uma edição recente da revista Emerging Infections Diseases.
E ele continua: “Ambas as doenças causam mortes generalizadas em várias populações de animais, ameaçando gravemente a biodiversidade em nos Estados Unidosâ€.
Em apenas cinco anos, a síndrome do nariz branco se expandiu de uma micro população de morcegos em Nova York para mais de 16 estados americanos e 4 províncias do Canadá, matando mais de 7 milhões de morcegos.
Os pesquisadores estão preocupados, pois a quantidade de cobras na natureza é muito menor do que morcegos. Caso este fungo se espalhe, como ocorreu com os morcegos, uma catástrofe ecológica pode estar prestes a explodir, podendo algumas espécies de cobra entrar para a lista de ameaçadas de extinção.
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Edu Dallarte
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