Escombros é visto no chão da igreja Al-Im Zinar que foi danificado durante os confrontos entre rebeldes da Síria e do regime sírio em Bustan al Diwan, Homs 23 de julho de 2012 (Reuters / Yazen Homsy)
O conflito em curso na Síria está se tornando cada vez mais sectária em meio a relatos de que rebeldes atacaram um complexo residencial para os funcionários de uma empresa de energia, matando 16 civis, a maioria alauítas e cristãos.
O massacre ocorreu em Jandar aldeia perto da cidade ocidental de Homs na terça-feira, estado da Síria informou a agência de notícias Sana.
" Homens armados invadiram o composto Jandar residencial, disparando indiscriminadamente e matando 16 sírios, entre eles seis cristãos, seis alauítas - incluindo o diretor composto - e quatro sunitas ", disse o diretor do Observatório Sírio para Direitos Humanos, uma ONG baseada em Londres .
Abdel Rahman disse que os atiradores alvo apenas os funcionários sírios da usina Jandar. Os outros empregados eram japoneses e iranianos, que vivem com suas famílias no composto na vila Jandar. " A vila e seus arredores são sunitas ", acrescentou.
A Síria é um país predominantemente sunita, mas é também a casa de cristãos e outras denominações muçulmanas, entre elas a seita Alawite, uma ramificação do islamismo xiita. Presidente da Síria Bashar Assad e da elite dirigente do país pertencem à minoria alawita.
Os mais recentes ataques contra as minorias vêm depois Bassam Mohieddin, um diretor de cinema Alawite, foi morto perto de sua casa nos arredores de Damasco, no domingo.
"Mãos traiçoeiras assassinado Bassam Mohieddin no domingo," General da Síria Cinema Institute, disse em um comunicado na terça-feira, acrescentando que o assassinato ocorreu em Jdeidet Artuz, cenário de recentes confrontos entre as tropas governamentais e rebeldes, informou a AFP.
Também na terça-feira, EUA Secretário de Estado, Hillary Clinton, alertou contra a Síria decrescente para uma guerra sectária. " Temos de fixar expectativas muito claras sobre como evitar a guerra sectária ", disse ela durante sua viagem à África do Sul, informa a Reuters.
" Aqueles que estão tentando explorar a situação com o envio de proxies ou combatentes terroristas tem que perceber que não será tolerado, em primeiro lugar, pelo povo sírio ", acrescentou.
O colapso do regime de Assad poderia levar à repressão de grupos minoritários, o ex-primeiro-ministro russo e especialista em Oriente Médio Evgeny Primakov, alertou em uma entrevista ao jornal Gazeta Rossiyskaya.
" Se a oposição armada conseguem derrubar Assad, seria tentar impor um regime sunita, que conduzirão de imediato à perseguição dos alauítas, que constituem uma parte significativa da população, "disse ele, acrescentando que todos que não compartilham o da oposição pontos de vista religiosos teriam de enfrentar a repressão.
Primakov também explicou que a Al-Qaeda está a apoiar os rebeldes sírios, porque é uma organização sunita.
A violência em curso na Síria já teria reivindicado cerca de 21.000 vidas desde o levante contra o regime de Bashar Assad começou em março de 2011.
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