A defesa da Coréia e belicosidade dos EUA | ||||||||||
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Quem nos Estados Unidos prestar atenção ao noticiário dos meios de comunicação corporativos deve pensar que a República Democrática Popular da Coréia violou o Tratado Abrangente de Proibição de Testes. Certo?
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Só que tal tratado não existe
Uns 180 países assinaram-se, mas apenas 148 o ratificaram. Segundo o sítio web da Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty Organization, "Todos os 44 Estados listados especificamente no Tratado – aqueles com capacidades de tecnologia nuclear no momento das negociações finais do Tratado em 1996 – devem assinar e ratificar antes de o CTBT entrar em vigor". (ctbto.org)
por Workers World
Nove daqueles 44 Estados nucleares não ratificaram tratado, apesar de o terem assinado há uns 13 anos atrás. Portanto, o tratado não está e nunca esteve em vigor.
O governo que mais parece protestar quando um país como a RDPC efetua testes tem sede em Washington. Mas, será que pode imaginar? O Senado dos EUA não ratificou o tratado. De fato, é a recusa de Washington que constitui o principal obstáculo para o tratado CTBT entrar em vigor.
Os EUA testaram as primeiras bombas atômicas do mundo em 1945 e quase imediatamente lançaram duas delas sobre cidades japonesas, matando 220 mil pessoas nos locais e deixando outras 200 mil tão envenenadas pela radioatividade que morreram logo após. Desde aquele tempo até assinarem o tratado em 1996, os EUA testaram 1032 armas nucleares.
Este número de testes com ogivas é maior do que aquele que foi executado por todos os restantes países do mundo em conjunto, do início até o presente.
Assim, como pode o mundo ter qualquer confiança num tratado de proibição de testes nucleares se o país que testou um número tão enormemente desproporcionado de armas não o ratificará?
A RDPC efetuou com êxito dois testes subterrâneos de dispositivos nucleares, um em 2006 e outro em 25 de Maio. Ela não lançou quaisquer bombas sobre ninguém. De fato, as suas tropas nunca combateram em qualquer outro lugar senão a Coréia, e isso para expulsar invasores estrangeiros.
A determinação da RDPC de dedicar recursos substanciais à construção de um dissuasor nuclear reflete a história trágica da Coréia. Primeiro invadida e anexada pelo colonialismo do Japão, a seguir ocupada pelas tropas dos EUA no fim da II Guerra Mundial, a Coréia sofreu terrivelmente com a ascensão do imperialismo no século XX.
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