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O USS Oakhill (à direita da imagem), atravessado o Canal de Suez – 18/06/2010
Doze navios de guerra americanos e israelitas, incluindo dois porta-aviões, atravessaram o Canal de Suez na sexta-feira e dirigem-se para o Mar Vermelho, o itinerário mais directo para o Golfo Pérsico à partir do mediterrâneo. O objectivo será o transporte de tropas, munições e veículos blindados no âmbito da preparação final antes de iniciar um conflito militar com o Irãn.
Por enquanto ainda nenhuma mídia ocidental comunicou essa informação, no entanto, confirmada pelo jornal israelita Haaretz, que indica que vários milhares de soldados egípcios foram implantados ao longo do Canal de Suez, de modo a garantir « uma passagem segura dos navios ».
Segundo a versão inglesa do diário hebraico Yedioth Ahronoth, o tráfego no canal foi interrompido por várias horas para permitir a passagem de navios de guerra, de igual modo todas as actividades de pesca na região foram interrompidas assim como o tráfego nas pontes sobre o canal. O Yedioth acrescentou, citando o general egípcio Amin Radi, que Israel « apenas quer uma guerra com o Irão, a fim de continuar a ser a única potência nuclear na região. »
Membros da oposição egípcia criticaram o governo Mubarak pela sua cooperação com os E.U.A e as forças israelitas, e permitirem a passagem destes navios em águas territoriais egípcias.
Membros do partido político dos Irmãos Muçulmanos também indicaram que consideravam o caso como mais um acto de submissão do presidente Hosni Mubarak parente o Estado judeu e os Estados Unidos, e que a participação do Egipto nestes preparativos para a guerra eram « um escândalo internacional ». Esses deputados acrescentaram que não vão « ficar de braços cruzados », enquanto que « o país está a colaborar numa guerra contra o Irãn ».
No dia 12 de junho, o Sunday Times revelou que Israel tinha a permissão da Arábia Saudita para usar o seu espaço aéreo para atacar o Irãn. « Na semana que se seguiu à novas sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Teerã, Riyadh concordou em permitir que Israel utilizasse um estreito corredor do seu espaço aéreo no norte do país para encurtar a distância num bombardeamento ao Irã », disse o jornal. Informações categoricamente desmentidas dois dias depois pelo embaixador saudita ao Reino Unido, o príncipe Mohammed bin Nawaf.
Interrogado pelo Tehran Times, o ministro da Defesa iraniano, Ahmad Vahidi, disse: « Os americanos disseram-nos que iriam utilizar todas as opções contra o Irão, nós anunciamos que, nós também, usaremos todas as opções para nos defender. »
Spencer Delane, para fonte
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