Há mais de dois meses que o petróleo continua a vazar a 1600 metros de profundidade no Golfo do México.
Muita coisa permanece desconhecida, mas temos algumas certezas.
Parece que o pior ainda está para vir.
A Ação BP perdeu 50% de seu valor, e a empresa não está imune à falência, o que terá, provavelmente, consequências na economia britânica.
Além disso, uma tempestade tropical aproxima-se. link
Isso pode complicar ainda mais o trabalho dos engenheiros que tentam parar o vazamento.
Sabemos também que a causa da catástrofe vem do desejo de querer cavar muito profundamente, mais de 9.000 metros a uma profundidade de 1.600 metros da superfície do oceano.
BP sabia o perigo de tal perfuração numa zona sísmica instável, com a presença de enormes bolsões de gás metano.
Geólogos avisaram Transocean do risco assumido, mais do um ano antes da perfuração.
Eles tinham explicado claramente que os bolsões de gás presentes nesse local, estavam sob tremenda pressão (100.000 psi), enquanto que as válvulas e as medidas de segurança não poderiam conter uma pressão acima de 1000 psi.
Hoje, esses geólogos encontraram novas rachaduras no fundo do mar, perto do poço.
A BP é acusada de ter despertado um vulcão de petróleo de grande profundidade, que não poderá ser parado em Agosto, tal como anunciado, e é provável que brotará ainda durante muitos anos. link
Para o perito Matthew Simmons, o vazamento pode durar até 24 anos. link
Alguns mais optimistas prevêem o fim do vazamento em Dezembro.
Até o momento, 3,6 milhões de barris de petróleo foram derramados no Golfo do México. link
Os peritos referem que, em vez de enfraquecer, a pressão aumentou.
Eles acreditam que o risco é muito maior agora,
Eles descobriram uma enorme bolha de gás, tão importante que poderia causar uma explosão de gás submarina tão importante como a do vulcão Santa Helena.
A libertação desses gases iria enviar uma nuvem tóxica sobre as áreas povoadas da Louisiana e provocaria um tsunami que ameaçaria a Flórida, deslocando-se a 600 milhas por hora. (Mais de 1000 km / h)
É claro que a promessa de BP de dar 20 bilhões de dólares para reparar os danos, e 100 milhões de dólares para compensar os trabalhadores despedidos, pelo menos, seis meses após o desastre, pode ser insuficiente. link
Foram pequenos robôs enviados para o fundo do mar que foram tirar fotos das fissuras que estão sendo criadas em torno do local da perfuração.
O desastre poderia matar milhões de pessoas, apesar do plano de evacuação que terá sido tomado, a velocidade com que essa nova catástrofe se produziria, não permitiria salvar a vida das pessoas ameaçadas. (Link)
Neste link, alguns artigos publicados recentemente nos E.U.A, evocam as preocupações dos americanos.
Num artigo publicado dia 23 de Junho no “Washington Postâ€, Joel Achenbach está agora a considerar o pior.
Para ele, obviamente, essa perfuração acidental, que provocou o desastre, perturbou a geologia do subsolo.
A taxa de saída de petróleo continua a subir, aumentando a cada dia um pouco mais o perigo, e a evacuação de 20 milhões de pessoas parece muito complexa.
Enquanto no início, a BP disse que o vazamento era de 1.000 barris por dia, eles corrigiram o número para 5.000 barris, mas hoje, de acordo com Edward J. Markey, um dos peritos na matéria, o vazamento seria de cerca de 100 mil barris por dia. (Ou 4,2 milhões de litros).
Um senador, Charles E. Grassley, apresentou recentemente um documento sem data, considerando a quantidade de petróleo vazando no fundo do oceano para 162 mil barris por dia.
A estimativa do governo, com base em fotos de satélite e de vídeo subaquático, limita-se a, entre 35 mil e 60 mil barris por dia, no que diz respeito ao petróleo estagnado na superfície. link
Neste link, pode ser visto por fotos de satélite, a extensão do derrame de petróleo.
Veja também este vídeo:
O pior pode estar por vir, porque, como diz meu velho amigo Africano:
“Quando os elefantes lutam é sempre a erva que é esmagada.â€
Fonte: Agoravox
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