Um ano após a introdução de sanções, a economia da Rússia demonstra uma boa margem de resistência, defende um artigo publicado pela revista norte-americana Forbes.
"Não há a menor dúvida de que o PIB da Rússia cresce e continuará crescendo de forma nominal. Se a inflação da Rússia fosse calculada da mesma forma como é feito nos EUA, esse indicador seria menor" — acredita o diretor do funddo SPRING Investment Group, David Herne, citado pelo artigo.
A publicação destaca que o pânico entre investidores, iniciado no final de 2014, foi provocado pela cobertura tendenciosa da Rússia pela imprensa ocidental.
"Exite muita informação falsa sendo difundida no Ocidente a respeito da Rússia. Os empreendedores investem na Rússia com medo e risco próprio, o que ficou especialmente visível em dezembro e janeiro. Em setembro, novas sanções foram aplicadas a empresas [russas] de energia. No entanto, a economia russa tinha facetas muito vantajosas, que foram ignoradas pelos investidores" — acredita o empreendedor holandês Arent Thijsen.
Uma pesquisa promovida este ano pelo Instituto de Analistas Financeiros Certificados (CFA), colocou a Rússia em 4° lugar entre os mercados com maiores perspectivas de lucro, atrás dos EUA, da China e Índia. O artigo da Forbes, no entanto, defende que a Rússia na verdade lidera esse ranking.
Um dos fatores-chave que ajudaram a economia a resistir às provações foi a baixa dívida externa da Rússia. Se as dívidas fossem altas, o país viveria uma situação muito mais penosa.
"Atualmente, a relação entre dívida e PIB na Rússia é baixa – cerca de 14%. A economia praticamente não está sobrecarregada por dívidas – a população, o setor estatal e a maioria das empresas foram pouco afetadas por elas. Isso permite à Rússia separar-se dos outros. Haverá abalos. Mercados cairão. A Rússia, no entanto, sempre se recupera" – destaca a publicação da Forbes.
Mesmo apesar do conflito na Ucrânia, das sanções e dos baixos preços de petróleo, a Rússia é atualmente a "favorita dos investidores".
"As sanções não funcionam porque é difícil de prejudicar a Rússia. As empresas terão prejuízos, algumas mais do que outras, mas depois de um ano a situação irá se recuperar. E, passado um outro ano, ficará ainda melhor. Em dado momento, todos correram para vender seus ativos na Rússia, mas nós estamos seguindo o preceito de Warren Buffett: seja corajoso quando todos estão com medo" — acredita Arent Thijsen.
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