Pela primeira vez desde o início da operação russa na Síria, navios da Marinha russa tomaram parte no combate contra o Estado Islâmico e usaram mísseis de cruzeiro a partir do mar Cáspio.
Os navios da Marinha russa participaram na operação russa contra o Estado Islâmico tendo realizado 26 lançamentos contra 11 alvos e tendo-os liquidado todos, informou na quarta-feira (7) o ministro da Defesa russa Sergei Shoigu.
“Para atacar os jihadistas, além de aviação, foram utilizados hoje de manhã navios da Frota do Mar Cáspio, quatro navios realizaram 26 lançamentos de mísseis de cruzeiro Kalibr contra 11 alvos”, disse Shoigu.
O sistema de mísseis Kalibr é instalado em dois navios da Frota do Mar Cáspio do projeto 11661 (Tatarstan e Dagestan) e três navios ligeiros do projeto 21631 Buyan-M (Grad Sviazhsk, Uglich e Veliky Ustiug).
Na quarta-feira (7), durante o briefing, o chefe da Direção Principal de Operações do Estado-Maior russo, general Andrei Kartalopov, disse que, para garantir a segurança dos civis sírios, a trajetória dos mísseis de cruzeiro foi planejada de maneira a evitar as zonas povoadas.
O general destacou que os ataques foram realizados contra as posições do Estado Islâmico e Frente al-Nusra.
“Os alvos são fábricas de produção de projéteis e explosivos, postos de comando, armazéns de munições e combustível, bem como campos de treinamento nas províncias de Raqqa, Idlib e Aleppo”, esclareceu Kartalopov.
Segundo o general, “destruindo estes alvos, reduzimos o nível de mobilidade dos militantes e privamo-los da possibilidade de realizar atentados de grande escala”.
“O tempo de voo dos mísseis e suas trajetórias foram coordenados com antecedência. Em resultado dos ataques, todos os alvos marcados foram destruídos”, disse o general.
Segundo os dados do Ministério da Defesa russo, os ataques lançados pelos caças Su-34, Su-24M e Su-25 já destruíram uma série de infraestruturas do Estado Islâmico e danificaram significativamente a rede de comando e apoio logístico dos militantes.
Os alvos dos ataques são escolhidos com base nos dados de reconhecimento russo e sírio, inclusive através de reconhecimento aéreo. Segundo o Ministério da Defesa russo, o equipamento dos aviões russos permite atingir alvos do Estado Islâmico em todo o território sírio com "precisão absoluta".
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que foram realizados ataques aéreos do exército sírio, apoiados pelas forças aeroespaciais russas, contra organizações terroristas armadas, e não contra fações da oposição política ou civis.
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