O incenso no Zohar No Zohar, o livro místico do judaísmo, a essência da Cabala, há textos explicando como era usado incenso no tabernáculo inclusive especifica os vários incensos que eram usados. Alguns cabalistas usam incenso para meditar e até fabricam incenso caseiro para se conectar ao divino. Segundo o Zohar havia 11 tipos de incenso e um deles, o Chelbena é um incenso que tem um cheiro ruim. Segundo os cabalistas este incenso de cheiro ruim são as pessoas que estão longe do Eterno, às pessoas más que um dia serão alcançadas pelo Criador. Elas no tempo terreno, físico, são más, mas no tempo espiritual são puras, pois o Criador vê o futuro, a quarta dimensão, a dimensão tempo e estas pessoas serão alcançadas no futuro. O décimo primeiro incenso tendo cheiro mau também nos lembra o número 11, o número de José que foi vendido como escravo por seus irmãos e logo se tornou o governador do Egito salvando todos os seus irmãos da fome. Isso simboliza que uma pessoa que parece não ter valor algum agora no futuro pode vir a brilhar e a iluminar o mundo. Por outro lado ela pode já no presente ser uma fonte de luz interna, mas é mal compreendida pelos parentes, amigos, que não vêem o seu interior. O homem vê o exterior, mas o Criador vê o coração. Isso nos lembra a história de Davi que era rejeitado pela família por ser ruivo, mas era o bem mais precioso da família de Jessé e foi achado pelo Criador que não via a aparência externa e sim o interior, o coração. Tudo isso nos faz refletir sobre o incenso com cheiro ruim. Os incensos com cheiros agradáveis todos sabem que são nossas orações, louvores, adoração, jejum e meditação, mas este incenso diferente com cheiro ruim nos leva a refletir mais a fundo e não julgar nosso semelhante, pois o que para nós parece insignificante, um lixo, pode se tornar uma luz poderosa no futuro e agora mesmo no presente, muitos são incompreendidos, mas no interior são luz. O décimo primeiro incenso também nos lembra o martírio, pois este número é o número do martírio, o número da tribo de José que foi vendido como escravo. O número 11 também é o número da décima primeira Sephiroth, a Daath, a Sephiroth do livre arbítrio, a árvore da ciência do bem e do mal. Por esta Sephiroth escolhemos o caminho da luz ou da escuridão. Isso faz com que esta Sephiroth cheire mal como este incenso, pois é por ela que entra todo pecado e agonia sobre o ser humano, mas é nela que acontecem as maiores vitórias e estão os maiores louvores e glórias, pois não existe progresso sem vitória após derrotas, nem existe perdão sem o pecado. É o ser humano pecador da Daath que pode mudar, aceitar a luz e com isso regenerar o universo. O universo não pode evoluir, não pode reluzir de forma magnífica só com os incensos e as Sephiroth positivas, pois elas já são luz, já são estáveis, só a Sephiroth obscura pode dar lugar a Vitória quando rejeitamos a escuridão e aceitamos a luz. Isso tudo está inserido no décimo primeiro incenso, o incenso mal cheiroso. É neste incenso, nesta Sephiroth obscura que ocorre a expansão do universo, pois ela é a fronteira entre a luz e a escuridão onde o homem deixa a zona de conforto e dá um passo adiante levando a humanidade junto consigo. A Daath é a Sephiroth do filho pródigo, pois ele deixou o Pai divino e se internou no pecado, depois quando ele voltou para o Pai houve festa, muita festa, pois ele estava perdido e foi achado. Da mesma forma existe festa no céu quando um pecador se arrepende, por isso é tão importante o incenso mal cheiroso. Só existe vitória após a provação, só existe cura após a dor, portanto só existe progresso no cosmos na Daath, a Sephiroth da escolha, a árvore da ciência do bem e do mal, nosso livre arbítrio, nosso direito de escolher entre a escuridão e a luz. Saiba mais nesta obra:
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