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quarta-feira, 7 de abril de 2010

BOMBA ATOMICA ARTESANAL?

Autoridades temem que projeto de bomba atômica tenha chegado ao
mercado negro

ENVIADA POR EDU

The New York Times
Por DAVID E. SANGER e WILLIAM J. BROAD
http://ultimosegundo.ig.com.br/new_york_times/2008/06/16/autoridades_temem_que_p\
rojeto_de_bomba_atomica_tenha_chego_ao_mercado_negro_1362427.html



WASHINGTON - Quatro anos depois que Abdul Qadeer Khan, o líder do
maior mercado negro atômico do mundo, foi colocado em prisão
domiciliar e sua operação foi finalizada, inspetores internacionais e
autoridades ocidentais enfrentam um novo problema criado por ele,
dessa vez a respeito de quem recebeu o projeto de uma sofisticada e
compacta arma nuclear encontrada em seu computador.

Trabalhando em segredo durante dois anos, os investigadores
localizaram a versão digitalizada do projeto na rede de Khan na Suíça,
Dubai, Malásia e Tailândia. O projeto é eletrônico e poderia ser
reproduzido rapidamente para a criação de uma arma que é relativamente
pequena e fácil de se esconder, o que a torna especialmente atrativa
para terroristas. As autoridades não sabem quantas cópias do projeto
foram feitas.

A revelação feita durante o fim de semana de que a operação possuía
esse projeto reaviva questões sobre o que Khan, o pai do programa
nuclear do Paquistão, vendia e para quem. Isso também gera a
possibilidade de que ele ainda tenha material crucial em seu poder.

Mesmo assim as autoridades do Paquistão declararam o fim do escândalo
e debateram abertamente a possibilidade de libertá-lo. Nas últimas
semanas, autoridades americanas alertaram secretamente o novo governo
do Paquistão sobre os perigos de se fazer isso.

"Nós fomos diretos com eles sobre como soltar Khan pode gerar muitos
problemas", afirmou um dos oficiais que participou das negociações na
semana passada. "O problema com o Paquistão ultimamente é não saber
quem está tomando a decisão - o exército, as agências de inteligência,
o presidente ou o novo governo".

A rede nuclear ilícita comandada por Khan foi desmantelada no começo
de 2004. Desde então, evidências mostraram que a rede vendeu a
tecnologia de enriquecimento de urânio ao Irã, Coréia do Norte e
Líbia, e os investigadores ainda seguem pistas que podem comprovar o
negócio com outros países.

Khan é especialista em centrífugas usadas para produzir urânio
enriquecido para a criação da bomba e grande parte da tecnologia que
vendeu incluía o enriquecimento. Mas apenas nos últimos dias as
autoridades descobriram o projeto de uma bomba entre o material
apreendido com o principal tenente de Khan, um suíço da família Tinners.

Os mesmos documentos foram encontrados em computadores em três outros
locais ligados às operações de Khan, de acordo com um diplomata
envolvido na questão.

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