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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

AUMENTO DO CICLO SOLAR

Ciclo Solar: Cientistas prevêm um dos mais intensos ciclos solares e suas consequências


EDU DALARTTE
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Desde a época de Galileu, os astrônomos contam o número de manchas solares. Dessas observações puderam constatar que a cada 11 anos o nível da atividade solar aumentava e diminuia.

Outra observação, feita há pelo menos dois séculos, é que quanto maior era o número de manchas solares, mais erupções eram observadas na superfície do astro-rei e maiores eram as pertubações magnéticas causadas aqui na Terra.

Para facilitar os estudos, convencionou-se chamar este período de 11 anos, de ciclo solar.Quando a rajada de uma erupção solar atinge a Terra, o campo magnético do planeta treme.

Quando esse tremor é forte o suficiente, é chamado de tempestade geomagnética. Nos casos extremos causa quedas de energia elétrica e faz com que instrumentos de navegação apontem em direção errada. As auroras boreais e austrais são o lado mais belo das tempestades.

2010 a 2013

Atualmente estamos deixando o ciclo solar 23 e segundo as últimas previsões solares, o próximo ciclo atingirá seu pico de maior intensidade entre 2010 a 2013 e poderá ser um dos mais intensos desde que os registros começaram a ser feitos, há mais de 400 anos. A informação é do físico David Hathaway, ligado ao Centro Espacial Marshall, da Nasa.

A previsão, apresentada por Hathaway e seu colega Robert Wilson perante a União Geofísica Americana, está baseada em dados históricos das tempestades solares.

Hathaway e Wilson estudaram dados de atividades geomagnética registrados nos últimos 150 anos e segundo os cientistas, os valoresregistrados permitem inferir como será o nível da atividade geomagnética para os próximos 6 a 8 anos. A figura abaixo ilustra a análise.

No gráfico, as curvas em preto são os ciclos solares, a amplitude é o número de manchas solares. As curvas em vermelho são os índices geomagnéticos, especificamente o Índice de Variabilidade Entre-horários, conhecido como IHV. Segundo Hathaway, os índices são derivados de dados registrados por magnetômetros em dois pontos opostos do planeta, um deles na Inglaterra e outro na Austrália, e vêm sendo coletados desde 1868.A correlação entre o número de manchas solares versus o IHV, sugere o IHV para os próximos 6 anos. “Nós não sabemos como essa matemática de correlação funciona. Ainda é um mistério. Mas que funciona, funciona”, diz Hathaway.

De acordo com a análise proposta, o próximo ciclo solar atingirá seu máximo em 2010, com uma quantidade de manchas solares de aproximadamente 160. Isso deverá fazer deste ciclo o mais intenso dos últimos 50 anos, e um dos mais ativos já registrados.

Ciclo Solar

O Ciclo Solar é a variação de intensidade do vento solar e do campo magnético solar. Estudos de Heliosismologia comprovaram a existência de “vibrações solares, cuja freqüência cresce com o aumento da atividade solar, acompanhando o ciclo solar que dura em média de 11 anos com mudança no ritmo das erupções, além da movimentação das estruturas magnéticas em direção aos pólos solares. Tais mudanças resultam em ciclos de aumento da atividade geomagnética da Terra e da oscilação da temperatura do plasma ionosférico na estratosfera de nosso planeta.

Prejuízos

Anualmente as explosões solares são responsáveis por aproximadamente 1 bilhão de dólares em prejuízos e quem mais sofre com essas perdas são as concessionárias de energia elétrica e equipamentos de satélites, que por estarem em órbita ,não recebem a proteção da camadas mais altas da atmosfera, que bloqueiam as partículas solares, principalmente os raios-x.

Explosão Solar

Também chamada de erupção, flare ou rajada, é uma explosão que acontece quando uma gigantesca quantidade de energia armazenada em campos magnéticos, geralmente acima das manchas solares, é repentinamente liberada.

Os flares produzem uma enorme emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético, e se propaga desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama. Como conseqüência temos as chamadas Ejeções de Massa Coronal, enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de toneladas, que são lançadas no espaço a velocidades que superam facilmente a marca de um milhão de quilômetros por hora.

A previsão apresentada por Hathaway e sua equipe concorda com os modelos apresentados por Mausumi Dikpati, do Centro Nacional para Pesquisas Atmosféricas, em Boulder, Colorado, que combinam dados observacionais do Sol e sofisiticados modelos numéricos que estudam o interior do Sol.

A temperatura da terra depende do sol, que emite radiação em direção ao planeta. Esta radiação é a radiação solar, que em parte é refletida para o espaço e o restante é absorvido pela terra em forma de calor. Esta energia não chega à terra de maneira uniforme, apesar do sol ser uma estrela de classe G e ser muito estável, essa energia aumenta cerca de 10% a cada um bilhão de anos, ou seja, no início da vida na terra, quase quatro bilhões de anos atrás, a energia do sol era em torno de 70% da atual.

Outro tipo de variação da radiação solar ocorre em decorrência dos ciclos solares, que são mais importantes que a primeira, no que diz respeito à mudança do clima terrestre, visto que essa variação é uma oscilação e não somente um crescente e ocorre em períodos mais curtos.

El Niño e El Niña

o ciclo solar interage com a estratosfera e a superfície do ocenao e dessa forma cria padrões meterológicos e alteram o clima.

Os compostos químicos da estratosfera (parte superior da atmosfera) e a temperatura do oceano Pacífico são influenciadas pelo auge da atividade solar e pelos movimentos do ar. Daí as chuvas e ventos mais intensos, assim como alterações na temperatura do mar, nas regiões tropicais, acabando por influenciar o resto do mundo, como o El Niño.

Os fenômenos El Niño e La Niñasão mudanças na temperatura da água de partes do Oceano Pacífico. A mudança da temperatura das águas influencia a intensidade dos Ventos Alísios que pode fazer com que massas de água quente, e massas de ar também, se desloquem no Pacífico de forma diferente dos registros das médias históricas.

As Variações de intensidade dos Ventos Alísios influenciam a pressão atmosférica no oceano, afetando vários fenômenos climáticos em todo o mundo.

Quando o Sol atinge um máximo de atividade, aque­ce as regiões livres de nuvens no Oceano Pacífico o suficiente para aumentar a eva­po­ração, intensificando as chuvas tropicais e os ventos alisios,e resfriando o Pacífico Leste nos trópicos.

Há anos os cientistas sabem que as variações solares de longo prazo afetam cer­tos padrões climáticos, inclusive secas e temperaturas regionais. Porém estabe­lecer uma ligação física entre o ciclo solar de uma década e os padrões climá­ticos, se mostrou uma tarefa difícil. Uma das razões para isso é que só nos últi­mos anos os modelos computadorizados se tornaram capazes de simular de ma­nei­ra realística os processos associados com o aquecimento e resfriamento das águas do Pacífico Tropical associados com El Niño e La Niña. De posse deste novo modelo, os cientistas podem reproduzir o comportamento do Sol no último século e verificar como ele afeta o Pacífico.

Para estressar essas conexões, por vezes sutis, entre o Sol e a Terra, os cientistas analisaram as temperaturas da superfície do mar de 1890 a 2006. Então, usaram dois modelos de computador do NCAR para simular a resposta dos oceanos a essas mudanças na emissão do Sol. Eles descobriram que, quando as emissões do Sol atingem um pico, a pequena quantidade extra de energia solar, ao longo de vários anos, causa um pequeno aumento no aquecimento local da atmosfera, especialmente nas regiões do Pacífico tropical e sub-tropical, onde normalmente a cobertura de nuvens é escassa.


Referências:


http://ambiente.kazulo.pt/9874/como-o-ciclo-solar-influencia-o-clima.htm

http://instinctalternative.blogspot.com/2009/12/impacto-da-mudanca-climatica.html

http://scienceblogs.com.br/chivononpo/2009/07/ciclos_solares_e_o_clima_na_te.php

http://www.py3mp.com/?p=1860

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