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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

As ameaças nucleares da Coréia do Norte causam tensão na Ásia

Península da Coreia é campo de contenção da China e da Rússia

Coreia, Rússia, China, EUA

A Coreia do Sul e os EUA realizam as manobras militares conjuntas Ulchi Freedom Guardian. Os aliados treinam um novo plano de contenção e de defesa face às ameaças nucleares da Coreia do Norte.

Isso vai contra a recente atividade diplomática do Sul com vista a estabelecer o diálogo com Pyongyang e mostra que nem Washington, nem Seul estão prontos para a diminuição real da tensão na península da Coreia, considera Alexander Zhebin, dirigente do Centro de Estudos Coreanos do Instituto do Extremo Oriente da Academia das Ciências da Rússia:
“Pyongyang está mais interessado na revogação das sanções e no fim das manobras militares junto das suas fronteiras. Além disso, pretende voltar aos acordos que foram conseguidos pelas partes coreanas nas cúpulas de 2000 e 2007. Mas, agora, Seul propõe medidas cosméticas. Além disso, as grandes manobras militares regulares, realizadas conjuntamente com os EUA junto das fronteiras com a Coreia do Norte, apenas agudizam as relações intercoreanas. Tanto mais que, nos últimos anos, os EUA deixaram, de fato, de encobrir a orientação agressiva dessas manobras. Durante as manobras treina-se o desembarque de fuzileiros navais na costa da Coreia do Norte e até a conquista de Pyongyang”.
Como resposta, Pyongyang ameaça desferir um “golpe preventivo impiedoso”. Porém, a retórica ameaçadora da Coreia do Norte dificilmente preocupará os EUA, assinala Alexander Zhebin:
"Num relatório do Pentágono sobre o potencial militar da Coreia do Norte, publicado este ano, afirma-se abertamente que, por enquanto, os mísseis da Coreia do Norte não representam qualquer ameaça para os EUA. Pyongyang não realizou com êxito qualquer teste de míssil balístico intercontinental, por isso não há razões para se falar de qualquer ameaça. A Coreia do Norte não avançará para um conflito de grandes dimensões, porque isso será um suicídio para ela, e Pyongyang compreende isso. O regime norte-coreano sabe onde parar. E os seus preparativos com mísseis nucleares é apenas uma tentativa de evitar a sorte do Irã ou da Líbia. Nos EUA compreendem perfeitamente isso”.
Além disso, é-lhes vantajoso manter um alto nível de confronto na península da Coreia. Isso corresponde aos interesses geopolíticos dos EUA e ajuda Washington a manter um status-quo cômodo para ele na região, continua Alexander Zhebin:
“Washington não está interessado na solução total do problema coreano, porque ele é o pretexto que faz com que Washington mantenha há mais de 60 anos as suas tropas nessa região estrategicamente importante do Pacífico, perto da Rússia e da China.
A Coreia do Norte serve idealmente aos EUA para desempenhar o papel de mau, que justifique a presença de tropas americanas nessa região.
Se se imaginar que Pyongyang aceitasse todas as condições dos EUA com vista a pôr fim ao seu programa nuclear, como iria então Washington explicar aos pagadores de impostos americanos os bilhões gastos na manutenção de tropas e na construção de uma defesa antimíssil na Região Asiática do Pacífico. Nas ambições estratégicas de Washington, a ameaça norte-coreana é apenas um pretexto cômodo para explicar a Moscou e a Pequim para que servem as tropas”.
Na realidade, os EUA estão agora preocupados com a contenção da China e a península da Coreia é um bom ponto de apoio para isso.

http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_08_21/Peninsula-da-Coreia-campo-de-contencao-da-China-e-da-Russia-1837/

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