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sábado, 6 de agosto de 2011

A EXTENSÃO DA CRISE

Quando ninguém sabe a extensão do problema
EDU DALLARTE






Karen Bleier/AFP

Congressistas americanos deixam uma reunião

Congressistas americanos deixam uma reunião: falta de acordo ameaça a economia




Washington - A incapacidade de um punhado de congressistas dos Estados Unidos de entrar em acordo antes do dia 2 de agosto sobre o limite da dívida seria um teste difícil para a economia mundial, que estaria ameaçada por uma crise de magnitude incerta.



Esta perspectiva traz o medo de um efeito dominó: até que ponto um bloqueio no Congresso em Washington poderia adiar ou estancar o crescimento do planeta? Ninguém tem a resposta.


Concretamente, o departamento do Tesouro americano opina que após o dia 2 de agosto, se os congressistas ainda não tiverem acordado elevar o limite legal da dívida, o Estado não poderá honrar com todos os seus compromissos.


Como cerca de 40% de seus gastos são financiados com endividamento, o Estado federal americano deverá escolher drasticamente quais pagamentos fará e quais deixará para mais tarde. Isto significará a paralisia de algumas administrações, uma incerteza sobre o pagamento das prestações sociais e inclusive atraso nos pagamentos aos seus fornecedores.


"A nota AAA dada à dívida de nosso país seria rebaixada", afirmou na segunda-feira o presidente Barack Obama. "As taxas de juros subiriam" e "correríamos o risco de provocar uma profunda crise econômica, esta causada quase totalmente por Washington".


A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertiu na terça-feira neste sentido: "ter um default ou uma queda importante da classificação dada aos Estados Unidos seria algo muito, muito, muito grave. Não apenas para os Estados Unidos, mas também para a economia mundial em geral".


Seus economistas publicaram um dia antes suas conclusões após um complexo exercício realizado pela primeira vez: avaliar os efeitos dos acontecimentos econômicos e financeiros dos Estados Unidos no resto do mundo.


"As repercussões transfronteiriças a curto prazo a partir dos Estados Unidos sobre o exterior são únicas por sua importância e mostram o papel central dos mercados americanos na fixação mundial dos preços dos ativos", ressaltaram.


Segundo os economistas, nos bons momentos, quando os Estados Unidos crescem 1%, "a maior parte dos países do G20" ganha cerca de meio ponto. No entanto, os economistas não calcularam o que acontece quando o crescimento dos Estados Unidos se desacelera.


Mas "uma perda de confiança" na "credibilidade orçamentária" de Washington "teria repercussões negativas maiores para o resto do mundo, visto o papel de referência mundial dos rendimentos sobre as obrigações de Estado americanas", advertiram.


O fato é o crescimento da maior economia mundial foi muito pequeno: caiu a 1,7% anual no segundo trimestre, segundo as previsões dos analistas antes da publicação, na sexta-feira, das primeiras estimativas do governo americano.

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